A cerimónia de inauguração contou com a presença da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, que liderava o Hospital de Santa Maria à data do arranque das obras, em agosto de 2023. O projeto representa, segundo a Unidade Local de Saúde (ULS) Santa Maria, uma “aposta estratégica” não apenas para Lisboa, mas para toda a região sul do país, que passa agora a dispor da maior e mais diferenciada maternidade do território nacional.
Inicialmente prevista para o verão de 2024, a entrada em funcionamento integral da nova maternidade foi sucessivamente adiada, primeiro para novembro e, posteriormente, sem nova data definida, devido a dificuldades no recrutamento de profissionais de saúde e à conclusão das negociações relativas às carreiras médica e de enfermagem. O esclarecimento foi prestado, em outubro do ano passado, pelo presidente da ULS Santa Maria, Carlos Martins.
As obras envolveram a construção de uma nova ala com cerca de 1.000 metros quadrados, incluindo 12 quartos de parto, dois blocos operatórios e uma sala de observações. A capacidade da maternidade permite agora realizar cerca de 4.500 partos por ano — um aumento de 1.500 face à capacidade anterior. O projeto, orçado em seis milhões de euros, incluiu ainda a renovação da urgência de Obstetrícia e Ginecologia, com foco na qualidade, segurança e humanização dos cuidados.
Durante o processo de requalificação, a unidade enfrentou críticas internas e a saída de vários profissionais, que apontaram preocupações quanto às condições laborais e assistenciais. Apesar disso, a instituição destaca os ganhos estruturais e assistenciais alcançados com a renovação.